By Bocchi Agro 17 de junho
Em um cenário agrícola desafiador, os produtores do Paraná estão realizando um levantamento detalhado para quantificar as perdas financeiras do Feijão-carioca, comparando os valores praticados neste ano com os do mesmo período do ano anterior.
Mesmo colhendo uma quantidade similar à de 2023, conforme indicam dados oficiais, os agricultores acreditam que poderiam ter alcançado preços de mercado mais elevados se as condições climáticas fossem mais favoráveis. É isso que informa o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe).
A comparação direta com os custos de produção deste ano se mostra imprópria devido às variações na produtividade, que tendem a ser menores. Essas flutuações dificultam qualquer comparação significativa. Analisando o gráfico de preços de 2024, observa-se uma clara tendência de queda nos valores pagos aos produtores, uma trajetória iniciada em janeiro e acentuada com o aumento da oferta e a consequente deterioração da qualidade do produto.
No entanto, junho trouxe uma mudança positiva. Apesar das dificuldades enfrentadas, há uma tendência de recuperação nos preços pagos ao produtor até o momento. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) indicam que a média de preços não considera os lotes de pior qualidade, que foram negociados por valores significativamente baixos, entre R$ 110 e R$ 120. Essa exclusão permite uma análise mais precisa da valorização real do Feijão-carioca.
A recuperação dos preços em junho é um alívio para os produtores paranaenses, que enfrentaram desafios climáticos e de mercado ao longo do primeiro semestre de 2024. A expectativa é que, com a estabilização das condições climáticas e uma gestão mais eficiente da produção, os preços continuem a se recuperar, garantindo melhores margens de lucro para os agricultores.
Fonte: Agro Link