By 28 de novembro

A retomada do volume de chuvas a um patamar mais próximo da normalidade de dezembro em diante deve ajudar a recuperar os níveis de produtividade da soja 2023/24 e, como consequência, evitar perdas maiores no milho segunda safra também.

Houve um atraso no plantio causado pelo excesso de calor e falta de chuvas nos meses iniciais desta temporada, com replantio em alguns casos, em função do fenômeno climático El Niño. Porém, acredita-se que os padrões de chuva que se desenham estão caminhando para a média na América Latina como um todo.

“No Brasil, passamos o pior momento. Por isso não trabalho com grandes preços do insumo para o ano que vem, com uma safra relativamente boa (de grãos)”, projetou. O milho é o principal insumos utilizado na ração da pecuária.

O especialista também avalia que a condição climática deve permitir a formação de pastagens. Então, em resumo, “acho que é um quadro relativamente bom” para 2024, enfatizou.

Segundo estimativas, a produção nacional de soja deve ficar entre 148 milhões e 155 milhões de toneladas na safra 2023/24. De acordo com Barros, se a previsão for confirmada, será uma colheita cerca de 10 milhões de toneladas menor.

“O começo da safra foi um desastre, eu achava que seriam 138 milhões de toneladas de soja. A gente estaria partindo de 165 milhões de toneladas, uma queda considerável”, disse o especialista.

Porém, ele acredita que os modelos climáticos indica retorno das chuvas e recuperação da produtividade, desde que passe um período de maior incerteza em dezembro, com potencial para produção de até 155 milhões. “Não é um absurdo, significa que dá para manter o balanço (de oferta e demanda) e a gente teria que exportar 96 milhões de toneladas”, projetou.

O risco maior estaria na segunda safra de milho, que já tinha potencial queda de área plantada prevista para 2024 e agora deverá enfrentar os efeitos do atraso no plantio da soja de verão.

“A produção deve ficar 15 milhões de toneladas abaixo, que daria uma safrinha de 90 milhões. Teríamos que exportar 40 milhões de toneladas e não 55 milhões”, estimou Barros.

 

Fonte: Globo Rural